"EU SOU MUITO MAIS VOCÊ"

"eu desistiria da eternidade para tocar você pois sei que de alguma forma você me percebe você é o mais perto do céu que eu posso chegar e eu não quero voltar para a casa agora o único gosto que sinto é o deste momento e tudo que tenho para respirar é seu amor... hoje a noite não te deixarei ir não quero que o mundo me veja porque eu acho que não entenderiam, tudo foi feito de forma muito fácil, só quero que você saiba"

julho 31, 2006

ERA UMA VEZ...

Era uma vez um garoto que nasceu com uma doença que não tinha cura.
Tinha 17 anos e podia morrer a qualquer momento.
Sempre viveu na casa de seus pais, sob o cuidado constante de sua mãe.
Um dia decidiu sair sozinho e, com a permissão da mãe, caminhou pela sua quadra, olhando as vitrines e as pessoas que passavam.
Ao passar por uma loja de discos, notou a presença de uma garota, mais ou menos da sua idade, que parecia ser feita de ternura e beleza.
Foi amor à primeira vista.
Abriu a porta e entrou, sem olhar para mais nada que não a sua amada.
Aproximando-se timidamente, chegou ao balcão onde ela estava.
Quando o viu, ela deu-lhe um sorriso e perguntou se podia ajudá-lo em alguma coisa.
Era o sorriso mais lindo que ele já havia visto, e a emoção foi tão forte que ele mal conseguiu dizer que queria comprar um CD.
Pegou o primeiro que encontrou, sem nem olhar de quem era, e disse:
- Esse aqui...
- Quer que embrulhe para presente ?
- perguntou a garota, sorrindo ainda mais...
Ele balançou a cabeça para dizer que sim e disse:
- É para mim mesmo mas eu gostaria que você embrulhasse.
Ela saiu do balcão e voltou, pouco depois, com o CD muito bem embalado.
Ele pegou o pacote e saiu, louco de vontade de ficar por ali, admirando aquela figura divina.
Daquele dia em diante, todos as tardes voltava à loja de discos e comprava um CD qualquer.
Todas as vezes a garota deixava o balcão e voltava com um embrulho cada vez mais bem feito, que ele guardava em sua gaveta, sem sequer abrir. Ele estava apaixonado, mas tinha medo da reação dela, e assim, por mais que ela sempre o recebesse com um sorriso doce, não tinha coragem para convidá-la para sair e conversar.
Comentou sobre isso com sua mãe e ela o incentivou, muito, a chamá-la para sair.
Um dia, ele se encheu de coragem e foi para a loja.
Como todos os dias comprou outro CD e, como sempre, ela foi embrulhá-lo.
Quando ela não estava vendo, escondeu um papel com seu nome e telefone no balcão e saiu da loja correndo.
Alguns dias depois o telefone tocou e a mãe do jovem atendeu. Era a garota perguntando por ele.
A mãe, desconsolada, nem perguntou quem era, começou a soluçar e disse:
- Então, você não sabe? Faleceu ontem.
Passado alguns dias mais, a mãe entrou no quarto do filho, para olhar suas roupas e ficou muito surpresa com a quantidade de CDs, todos embrulhados e guardados em sua gaveta.
Ficou curiosa e decidiu abrir um deles.
Ao fazê-lo, viu cair um pequeno pedaço de papel, onde estava escrito:
- Você é muito simpático, não quer me convidar para sair? Eu adoraria.
Emocionada, a mãe abriu outro CD e dele também caiu um papel que dizia o mesmo, e assim todos quantos ela abriu traziam uma mensagem de carinho e a esperança de conhecer aquele rapaz.
Assim é a vida:
Não espere demais para dizer a alguém especial aquilo que você sente.
Ainda dá tempo...

ANTES E DEPOIS DO CASAMENTO

Olha o que o casamento pode fazer:
ANTES - Vem cá benzinho que eu esquento seu pézinho.
DEPOIS - Sai com esse pé frio pra lá.
ANTES - Minha gatinha, meu ursinho, minha coelhinha (bichinhos pequenos e fofinhos).
DEPOIS - Os bichos crescem: Sua vaca, seu cachorro, sua galinha.
ANTES - Você me tira o fôlego.
DEPOIS - Você está me sufocando.
ANTES - Duas vezes (ou mais) por noite.
DEPOIS - Duas (ou uma) vezes por mês.
ANTES - Os embalos de sábado à noite.
DEPOIS - O futebol de domingo à tarde.
ANTES - Não pára!
DEPOIS - Nem vem!
ANTES - Você vai comer só isso?
DEPOIS - Talvez fosse melhor comer só a salada.
ANTES - É como se eu estivesse sonhando.
DEPOIS - Estou tendo um pesadelo.
ANTES - Concordamos em tudo!
DEPOIS - Cala a boca!
ANTES - Cueca de seda.
DEPOIS - Samba-canção (aquela do pacote com 3).
ANTES - Camarão.
DEPOIS - Sardinha em lata.
ANTES - Camisa dentro da calça.
DEPOIS - Barriga fora da calça.
ANTES - Não acredito que tenhamos nos encontrado.
DEPOIS - Não acredito que acabei ficando com você.
ANTES - Vem para cama que eu estou te esperando.
DEPOIS - Levanta seu molenga, que tá na hora.
ANTES - Paixão.
DEPOIS - Que horas são?
ANTES - Perfume francês.
DEPOIS - só o desodorante.
ANTES - Benzinho pra cá, benzinho pra lá.
DEPOIS - Meus bens pra cá, seus bens pra lá.
ANTES - Era uma vez.
DEPOIS - Fim.
Mas com vontade e amor, dá pra reverter esse roteiro, não?

julho 04, 2006

Crônica para os pais

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos.
As crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.
Crescem sem pedir licença à vida.
Crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância.
Mas, não crescem todos os dias de igual maneira.
Crescem de repente. Um dia, sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Aonde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu?
Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal?
A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você quer que ela não apenas cresça, mas apareça!
Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos,soltos... E lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros.
Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos.
Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas.
Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô.
Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas.
Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores.
Não os levamos suficientemente ao parque, ao shopping, não lhes compramos todos os sorvetes que gostaríamos.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.
No princípio, subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscina e amiguinhos.
Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim.
Depois, chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes".
Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível.
A autoria é de Affonso Romano de Sant'anna.

Sou uma pessoa comum. E você?


Fui criado com princípios morais comuns.
Quando criança, ladrões tinham a aparência de ladrões e nossa única preocupação em relação à segurança era o flagrante do lanterninha dos cinemas!
Mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades presumidas dignas de respeito e consideração.
Quanto mais próximo, e/ou mais velhos, mais afeto.
Inimaginável responder deseducamente a policiais, mestres, idosos, autoridades.
Confiávamos nos adultos porque todos eram pais de todas as crianças da rua!
Tínhamos medo apenas do escuro, de sapos, de filmes de terror.
Hoje, sinto uma tristeza infinita por tudo que perdemos.
Por tudo o que meus filhos precisam temer.
Matar pais, avós, violentar crianças, seqüestrar jovens, roubar, enganar, passar a perna, tudo virou banalidade no noticiário policial.
Não levar vantagem é ser otário!
Pagar dívidas em dia é bancar o bobo, anistia para os caloteiros de plantão.
Ladrões de terno e gravata, assassinos com cara de anjo, pedófilos de cabelos brancos.
O que aconteceu conosco?
Professores agredidos em salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas portas e janelas.
Crianças morrendo de fome, gente com fome de morte.
Que valores são esses?
Carros que valem mais que abraços, filhos pedem como brindes por passar de ano.
Mais vale vinténs do que um gosto?
Que lares são esses?
Bom dia, boa noite, até mais.
Jovens ausentes, pais ausentes, droga presente e o presente uma droga.
Quando foi que fechei a janela do meu carro?
Quando foi que me fechei?
Quero de volta a minha dignidade, a minha paz e o lugar onde o bem e o mal são contrários, onde o mocinho luta com o bandido e o único medo é de quem rouba e mata.
Quero de volta a lei e a ordem.
Quero liberdade com segurança. quero tirar as grades da minha janela.
Quero a honestidade como motivo de orgulho.
Quero a retidão de caráter. a cara limpa e o olho no olho.
Quero empregos decentes, salários condizentes, uma oportunidade a mais.
Uma casa para todos, comida na mesa, saúde a mil.
Quero livros, cachorros, sapatos e água limpa.
Eu quero voltar a ser feliz!
Quero xingar quem joga lixo na rua, quem fura a fila, quem ultrapassa a faixa,quem não usa cinto, quem não paga a conta, quem não dignifica meu voto e cobra mensalão.
Abaixo o "ter", viva o "ser" e o "sentir"!
E viva o retorno da verdadeira vida, simples como uma gota de chuva, limpa como um céu de abril, leve como a brisa da manhã!
Texto enviado por Lauro Padilha ao Mais Você